Primeira crise profissio-existencial do ano
Dia pra guardar na agenda, igual o dia que o sangue traz a feliz notícia de que viramos mocinha. Então, desde a palestra da PUC Aberta que eu fiquei meio dividida entre dois cursos, mas o Comércio Exterior pesando mais acho que pelo tempo que eu quero, vai ver é também o medo de ter ficado iludida com um curso que eu não conhecia (Ciências Atuariais, lindo, matemática pura e perfeita), não sabia direito o que era e de repente me interessei profundamente.
Aí teve a palestra da diretora de Recursos Humanos do Sebrae, a tal da Maria Lúcia (muito boa, inclusive meu preconceito contra psicólogos e afins vem diminuindo), e recebi um resultado do teste de APP (não me pergunte o que significa a sigla). Saiu uma pá de coisas a meu respeito que eu já sabia, outras que eu sinceramente preferia esquecer que são características minhas e no final das contas ficou eu e o papel tentando interagir. Só um detalhe que a segunda página era sobre o emocional, e essa foi realmente a parte que me quebrou.
Eu olhava pra ele, ele olhava pra mim. E nada. Aí eu vi que eu já me conhecia, sabia meus altos e baixos mas e daí? O que que eu concluo com isso? O que eu já sei - e que não estava no papel, nem precisava - é que eu abomino biológicas. De novo, e daí? Ainda tenho dois cursos pra escolher...
E comprovando o que havia mostrado a minha parte emocional do APP, juntou o stress por motivos sazonais (as mulheres e suas datas), cansaço físico, dor de balança e falta de perspectiva profissional pra eu me acabar em lágrimas quando eu pergunto se a minha mãe me leva na discussão de livros da PUC amanhã. Acompanhe: PUC, vestibular... buééééééé
Depois de muita conversa e revolta sobre o fato de pessoas com meros 17/18 anos terem que escolher uma profissão (e isso levou tempo), descobri que eu gosto e tenho, sei lá, aptidão (?) para planejamento estratégico, gerneciamento de riscos e assuntos relacionados a economia e finanças. Chuta? Ciências Atuariais é o mais próximo. E quando eu parei pra pensar, os motivos pelos quais eu quero Comércio Exterior são apenas inglês, as utópicas ou não viagens ao redor do mundo e a economia (que tem no outro, também). E tem outra coisa que me faz querer, mas eu não sei o que que é. Além disso, todo o problema sempre vem do fato da minha auto-exigência (isso existe?) ser grande demais e acabar me deixando bitolada.
O foda é que, até o belo dia em que eu pisar numa faculdade (de respeito, por favor) como caloura, dia esse que eu também vou gravar na agenda depois da primeira regra e dessa crise, esse assunto maldito de vestibular vai me atormentar. Então vou é rever as grades curriculares, escutar mais uma meia dúzia de psicólogos do Sebrae (afinal, testes vocacionais são caros e tem gente me oferencendo, mal não faz) com muita paciência e ver no que dá. Mas outras crises de "ó Senhor qual é a minha missão" com certeza vão surgir.