quarta-feira, abril 20, 2005

Primeira crise profissio-existencial do ano

Dia pra guardar na agenda, igual o dia que o sangue traz a feliz notícia de que viramos mocinha. Então, desde a palestra da PUC Aberta que eu fiquei meio dividida entre dois cursos, mas o Comércio Exterior pesando mais acho que pelo tempo que eu quero, vai ver é também o medo de ter ficado iludida com um curso que eu não conhecia (Ciências Atuariais, lindo, matemática pura e perfeita), não sabia direito o que era e de repente me interessei profundamente.
Aí teve a palestra da diretora de Recursos Humanos do Sebrae, a tal da Maria Lúcia (muito boa, inclusive meu preconceito contra psicólogos e afins vem diminuindo), e recebi um resultado do teste de APP (não me pergunte o que significa a sigla). Saiu uma pá de coisas a meu respeito que eu já sabia, outras que eu sinceramente preferia esquecer que são características minhas e no final das contas ficou eu e o papel tentando interagir. Só um detalhe que a segunda página era sobre o emocional, e essa foi realmente a parte que me quebrou.
Eu olhava pra ele, ele olhava pra mim. E nada. Aí eu vi que eu já me conhecia, sabia meus altos e baixos mas e daí? O que que eu concluo com isso? O que eu já sei - e que não estava no papel, nem precisava - é que eu abomino biológicas. De novo, e daí? Ainda tenho dois cursos pra escolher...
E comprovando o que havia mostrado a minha parte emocional do APP, juntou o stress por motivos sazonais (as mulheres e suas datas), cansaço físico, dor de balança e falta de perspectiva profissional pra eu me acabar em lágrimas quando eu pergunto se a minha mãe me leva na discussão de livros da PUC amanhã. Acompanhe: PUC, vestibular... buééééééé
Depois de muita conversa e revolta sobre o fato de pessoas com meros 17/18 anos terem que escolher uma profissão (e isso levou tempo), descobri que eu gosto e tenho, sei lá, aptidão (?) para planejamento estratégico, gerneciamento de riscos e assuntos relacionados a economia e finanças. Chuta? Ciências Atuariais é o mais próximo. E quando eu parei pra pensar, os motivos pelos quais eu quero Comércio Exterior são apenas inglês, as utópicas ou não viagens ao redor do mundo e a economia (que tem no outro, também). E tem outra coisa que me faz querer, mas eu não sei o que que é. Além disso, todo o problema sempre vem do fato da minha auto-exigência (isso existe?) ser grande demais e acabar me deixando bitolada.
O foda é que, até o belo dia em que eu pisar numa faculdade (de respeito, por favor) como caloura, dia esse que eu também vou gravar na agenda depois da primeira regra e dessa crise, esse assunto maldito de vestibular vai me atormentar. Então vou é rever as grades curriculares, escutar mais uma meia dúzia de psicólogos do Sebrae (afinal, testes vocacionais são caros e tem gente me oferencendo, mal não faz) com muita paciência e ver no que dá. Mas outras crises de "ó Senhor qual é a minha missão" com certeza vão surgir.

sábado, abril 09, 2005

Água e Vinho

Todos os dias passeava secamente na soleira do quintal
à hora morta, pedra morta, agonia e as laranjas do quintal
a vida ia entre os muros e as paredes de silêncio
e os cães que vigiavam o seu sono não dormiam,
viam sombras no ar,
viam sombras no jardim.
A lua morta, noite morta, ventania e o rosário sobre o chão
e um incêndio amarelo e provisório consumia o coração.
E começou a procurar pelas fogueiras lentamente
e o seu coração já não temia as chamas do inferno,
e das trevas sem fim
haveria de chegar o amor.

sexta-feira, abril 08, 2005

Ainda Bem Que Eu Não Dei

Ainda bem que eu não dei
Ainda bem que não rolou
Ainda não foi dessa vez
Que o seu jogo funcionou
Imagina se ontem eu tivesse dado
Acreditado no seu tipo de apaixonado
E hoje você mal falou comigo
Mandou um oi meio de amigo
Como se nada tivesse rolado
Imagina se eu tivesse liberado...
Não adiantou seu jeito meloso
Implorando pra eu ir te ver
Teatro de primeira, se achando o gostoso
Crente que eu ia dar pra você
E você ia sumir de qualquer jeito, sem motivo
E eu ia achar que o problema era comigo
Que bom que você sumiu antes de se revelar
É ótimo não ficar esperando o telefone tocar
Agora, cê fique na vontade
Nem adianta insistir
E quando seus amigos perguntarem
Encara e diz: Não, não comi!
Ainda bem que eu não dei
Ainda bem que não rolou
Se situa, meu bem
Joga limpo que eu dou
Luis Fernando Verissimo


:: eu não postei nada a respeito do carnaval desse ano. vai ver é porque na época eu não teria achado nada tão adequado

domingo, abril 03, 2005

é isso o que eu queria dizer desde o princípio



:: esses clichês que me atormentam.

one

Is it getting better or do you feel the same? Will it make it easier on you now you got someone to blame? You say "one love, one life" when it's one need in the night. One love, we've got to share! It leaves you, baby, if you don't care for it...
Did I disappoint you or leave a bad taste in your mouth? You act like you never had love and you want me to go without. Well, it's too late tonight to drag the past out into the light. We're one, but we're not the same. We get to carry each other.
Have you come here for forgiveness? Have you come to raise the dead? Have you come here to play Jesus to the lepers in your head? Did I ask too much? More than a lot? You gave me nothing, now it's all I've got. We're one, but we're not the same, well, we hurt each other than we do it again! You say "love is a temple, love the higher law". You ask me to enter, but then you make me crawl and I can't be holding on to what you've got when all you've got is hurt. One love, one blood, one life you got to do what you should. One life with each other: sisters, brothers. One life, but we're not the same, we get to carry each other. One.

música é chato, mas nunguém é obrigado a ler mesmo

Eu Amo Mais Você

Depois dessa ventania o temporal
Fez da nossa vida um mundo desigual
Qual é a tua? O teu segredo?
Me diz como eu vou decifrar

Minha verdade é absurda no plural
Mas pra mim honestamente isso é normal
A minha onda, teu oceano
Me ensina como navegar

Eu amo mais você do que eu

À tardinha as coisas mudam sem parar
E a gente fala muito por falar
Mas de repente a gente sente
Que tudo sobrou num olhar

Penso infinitamente sem parar
A verdade é tranparente no mirar
Da tua retina, minha menina
Me diz como não te amar

Eu amo mais você do que eu

Em contradição

Numa moldura clara e simples não sou aquilo que se vê...

sábado, abril 02, 2005

De Novo

Esse post é mais ou menos uma descupa pelo texto viajado e gigantesco daí de baixo. Ele não faz sentido pra ninguém, até porque pra isso as pessoas têm que ler ao invés de se assustar com o tamanho e desistir de cara.
O que eu queria era postar alguma letra de Los Hermanos, e então começou a tocar "Onze Dias" eu resolvi pôr essa. Mas eu já tinha usado antes em julho, por um motivo justo... Então vai outra (que inclusive eu tava vendo no DVD bem feitasso):

Quem sabe o que é ter e perder alguém?
Quem sabe o que é ter e perder alguém??
Quem sabe o que é ter e perder alguém sente a dor que eu senti
Quem sabe o que é ver quem se quer partir e não ter pra onde ir?
Faz tanta falta o teu amor, te esperar...
Não sei viver sem te ter
Não dá mais pra ser assim
Quem sabe o que é ter sem querer pra si não quer ver outro em mim
Não fala do que eu deveria ser pra ser alguém mais feliz
Faz tanta falta o teu amor, te esperar...
Não sei viver sem te ter
Não dá mais pra ser assim