quarta-feira, janeiro 12, 2005

post sem razão de existir

fiquei com vontade de explicar o porquê de ter postado aquilo. digo, esse post aqui de baixo. isso faz perder a graça do post, eu sei, mas o porquê de fazer o porquê eu não explico. até porque eu não consigo, mas que seja, blogs foram feitos pra serem postados. porque senão aí seriam os blogs, não os meus posts que não teriam razão de ser. e só pra introduzir esse post eu viajei. então acho que esse parágrafo é dispensável... mas se fosse, eu tinha só deletado ele e começado outro. mas já dizia Luis Fernando Verissimo, que feliz era a época da máquina de escrever; textos livres de qualquer tipo de edição.
acho que perdi a vontade de explicar o post, sei lá, depois da citação do Verissimo me deu foi vontade de postar uma crônica dele. e de dizer umas coisas a respeito de quem eu acho que de fato lê o que eu escrevo, sobre uma leve sensação de invisibilidade de simplesmente jogar no vento o que me vem na cabeça na hora, sem saber quem vai ou não vai ler e quem vai ou não vai entender. deve ser essa a mágica (eu acho essa palavra meio baranga, mas que seja) de ser colunista de um jornal... mas isso não é motivo suficiente pra me fazer fazer jornalismo. isso tbm ficou estranho. "fazer fazer", tico-tico, quero-quero... ?
ah, droga, viajei pra terminar o post também. vai ver os posts tinham que simplesmente acabar, e não seguir o protocolo de "introdução, desenvolvimento e conclusão" dos textos teoricamente bem feitos. mas aí fica parecendo pose de post enigmático, ou que tem a intenção de provocar um efeito, de deixar alguma coisa no ar, um quê de "tire suas próprias conclusões". eu sei que faço isso de vez em quando, mas é normalmente quando eu tô triste ou mal humorada, e ainda não vejo problema pela história de não saber quem vai ou não vai ler e o que vai achar. (tive que me conter pra não escrever essa frase usando "e ainda me escondo atrás da invisibilidade proporcionada pelo blog". pareceu sentimental demais, mas sentimental não é a palavra, acho que piegas é melhor.) e quanto à história de não saber o que vão achar, eu sei que é pra isso que servem os comentários, mas como os daqui não são assim tão badalados, eu ainda não acho que tem como saber. é daí que eu tirei a baranguice da invisibilidade... a lógica de que, se não comentam, é porque não lêem, e se não lêem eu tô só falando sozinha. faria sentido, se eu não fosse uma das pessoas que fuçam (assim que escreve?) blogs alheios e nunca comentam.
ah, é, a crônica do Verissimo.

4 Comentários:

Blogger ana luiza"/ disse...

É... Eu te entendo... Bom, eu também faço isso. Acho que na maioria das vezes, pra falar a verdade!
Então é isso. Você tá cada dia mais esquisita(só pra não perder o costume), Mara... Na verdade não é esquisitisse, não. Isso se chama melancolia, né?
Mil beijos...

 
Anonymous Anônimo disse...

Oi Mara e Zum! Mas então, eu sou uma das pessoas q fuçam blogs alheios e não comentam... Na verdade, sempre faço isso... E eu sempre venho aqui, quase todo dia, pra ver se tem algum post novo e tal... adoro o q vcs escrevem (já disse isso antes?! Tive a impressão q sim...), sinto orgulho de ter amigas tão inteligentes assim...(nossa, q rasgação de seda) Enfim, pra falar a verdade, mtas vezes não tenho capacidade suficiente pra entender os posts, mas tenho boa vontade de ler e saber um pouquinho o que tá passando na sua cabeça e na da Zum, admito q as vezes é meio complexo chegar a alguma conclusão...Vcs são profundas, as vezes enigmáticas...sei lá, só sei q não entendo... rsrss... Acho q falei, falei e num falei nada! ah, deixa pra lá! Só era pra falar q eu sempre marco presença aqui... Amo vcs duas!!! Bjão!!! Karol

 
Blogger ana luiza"/ disse...

Karol! A gente também te ama!
Brigado!
Vamos no cinema um dia desses...
beijão...

 
Blogger Hortência disse...

Alguém sempre estará lendo aquilo que você escreve... Escrever é se colocar completamente nu diante de milhares de pessoas e isso é uma forma esquisita de coragem. Esquisita, porque quem escreve busca também se esconder dentro das palavras, como se não fosse o autor delas. Jamais menospreze a magia (poraque não?) de escrever. É a magia (sim, você não leu errado) de saber transbordar, de fazer florescer o que existe nas nossas profundezas. Postar, se é assim que você quer chamar, significa então ser aquilo que você é, pelo menos por um instante. Como disse Fernando Pessoa, a arvore não pode esconder que dá frutos, o rio não pode esconder que corre e a flor não pode esconder sua cor... Isso é escrever..... Quanto à introdução, ao desenvolvimento e conclusão, são processos naturais de um texto e da vida... Não se pode negar isso. a única coisa admissível é fingir que se muda o imutável por expressão de um sentimento de liberdade ou revolta...
Mais uma coisa: eu odeio luis fernando verissimo...
UM GRANDE ABRAÇO
Hortência

 

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