ê vidão
A viagem foi uma bagunça, graças a Deus. Tipo uma bagunça esperada, meio prevista, já mais ou menos sabendo o quê que ia acontecer e o quê que ia dar errado. Ainda bem que o que deu errado não pareceu tão errado assim, foram só alguns respingos de uma sorte mal manuseada que me serviram de água-viva que eu não achei no mar. E, na boa, eu tô cansada! Nossa, cansa ficar acordada uma semana inteira direto, os miolos cansam de processar tudo sem dormir. Não se desligaram da realidade por um minutinho... A não ser, claro, quando eu os espremia pra fazer caber outras coisas que bloqueassem a passagem dos impulsos elétricos de informação. E olha que eu nem conheço meu cérebro tanto assim...
Coitados dos miolos, cansaram tanto que não aguentaram. Tiveram que jogar a toalha no último dia. Soltaram gotinhas aguadas que gritavam "desisto" que me atrapalhavam a visão, obstruíam meu nariz e me deixavam inclusive meio fanha. Mas eles precisavam... tem hora que a Bahia é foda.
E tomei meu velho navio de volta pra casa, me sentindo um tanto vitoriosa (apesar do meu sangue meio perdido, indo por veias que eu não aconselharia passar), ostentando estrelinhas de mérito no peito. Não por ter ganho alguma coisa e sim por não me ter deixado morrer. Porque é assim mesmo, se a gente sonha é porque tá dormindo. E quem dorme um dia acorda...
::ps_um dia a gente descobre se o amor move mesmo montanhas.
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